A volta por cima de Reginaldo Faria

sexta-feira, 4 de julho de 2008



Foto de Fabricio Mota

Quando foi encontrado na Amazônia, Olavo estava fora do tom. Na pele de um desmemoriado que acreditava ser o índio Copacabana, Reginaldo Faria parecia desconfortável: as piadas ficavam sem graça e as cenas desandavam para o ridículo.

Para um grande ator, entretanto, nada como duas semanas para que tudo se acertasse. Hoje, Copacabana e Sônia (Christiane Torloni) são responsáveis por excelentes cenas de “Beleza pura”, novela de Andrea
Maltarolli dirigida por Rogério Gomes, o Papinha. Copacabana evoluiu para um índio meio bobo, meio esperto: os olhos, a maneira de falar, o jeito de andar, o sorriso meio maroto, tudo se encaixa. Com Torloni, o dueto tem funcionado muito.

A cena em que eles procuravam os tais diamantes foi muito engraçada. Copacabana teimava que um rabisco que tinha desenhado num amuleto (uma espécie de mapa do tesouro) era um rio. Sônia dizia que eram cobrinhas. Copacabana bateu pé (“é rio, é rio, é rio”), até convencê-la. Mas aí, com um olhar cínico, disse: “Mas pode ser cobra também”. O timing de comédia foi perfeito. Para Torloni, voltar à trama significou
sintonizar na personagem, um acerto desde o começo. Para Reginaldo, que teve de trocar de personalidade, o reinício foi difícil, mas grandes atores são assim: superam os obstáculos e brilham.

“Beleza pura” é responsável por ótimos momentos de humor na televisão. Antes, com Rakelli (Ísis Valverde, a grande revelação), Suzy (Maria Clara Gueiros), José Henrique (Bruno Mazzeo), Robson (Marcelo Faria), Sheila (Carol Castro), Helena (Mônica Martelli, Betão (Rodrigo López), Ivete (Zezé Polessa) e Renato Reis (Humberto Martins). Agora que Olavo recuperou a memória sem contar nada para Sônia, a dupla promete ainda mais.

0 comentários:

 
Creative Commons License
Template Cronos by Templates Novo Blogger is licensed under a Creative Commons