Globo, a número 1 em novelas

De tempos em tempos aparece alguém prevendo a queda da Globo. Está difícil acontecer. SBT e Manchete tentaram, Record tenta. É bem verdade que os índices das novelas caíram, mas sempre foi assim.


Ninguém se lembra de Suave Veneno e Esperança? A última, inclusive, um tremendo samba do crioulo doido. Começou muito bem, e tinha tudo para ser uma bela novela, mas descambou.


Na faixa das sete, O Beijo do Vampiro foi uma aposta para reviver a "vampiromania", fenômeno criado uma década antes com Vamp. Resultado: a primeira versão, que teve quase 50 pontos de média, tamanho seu sucesso, teve 20 pontos a menos, com a trama recente. Ainda na faixa das sete, Bang Bang segue como o marco do pior folhetim do horário e também pior audiência.


Às seis, quando se pensava que Sabor da Paixão não teria substituta, eis que veio Desejo Proibido para empatar em trágicos 24 pontos de média para a faixa. A questão é: a qualidade de Desejos supera de longe a de Sabor. Contudo, como também já concluímos, não é qualidade que atrai o telespectador.


Em contrapartida, mesmo depois de fracassos, surgem as tramas que atraem novamente o público para a Globo. Basta se recordar, na história recente, de Senhora do Destino, que em 2004 se tornou a novela mais assistida de todos os tempos na Globo, além de Da Cor do Pecado e Alma Gêmea, outros dois fenômenos de audiência em suas faixas de exibição.


Ou seja, sempre surge um folhetim capaz de atrair novamente a atenção. E, ainda hoje, apesar de a audiência não corresponder, os folhetins da “poderosa” seguem como os melhores da TV brasileira, com história, direção e elenco afinados.


Beleza Pura, na opinião do colunista que vos fala, é a melhor do momento, tendo como destaque a aloprada Rakelli (Isis Valverde). Mas a novata Ciranda de Pedra e Duas Caras, em sua reta final, são outras boas opções.


E, apesar dos pesares, e mesmo com a concorrência investindo no segmento, as outras emissoras ainda precisam comer muito arroz com feijão para retirar a Globo do pódium. Podem apostar o quando quiserem, mas o trono da Globo ainda está longe de ser de outro dono. Não há mutação que consiga isso.