| Nem em seus melhores sonhos Dalton Vigh poderia imaginar a torcida que alcançaria para o final feliz de seu personagem em ‘Duas Caras’. É em torno dele o suspense que mobiliza os espectadores nos últimos seis capítulos da novela: Marconi Ferraço vai conseguir ficar com sua amada Maria Paula (Marjorie Estiano) ou terminará os dias sofrendo sozinho?
"Muitas vezes não entendo essa torcida. Não considero que o Ferraço seja esse cara bonzinho para quem o público está querendo bem agora. Ele tentou matar a Maria Paula, maltrata as pessoas e é um grosso", enumera Dalton. Humanizado pelo autor Aguinaldo Silva, porém, o tal vilão conquistou o público – especialmente o feminino – ao mesmo tempo em que se aproximava do filho, Renato (Gabriel Sequeira), e reconquistava a mocinha, a mesma em que aplicou golpe e de quem roubou a herança. "É impressionante, porque onde vou as pessoas me dizem que estão torcendo para Ferraço e Maria Paula terminarem juntos", reforça.
O ator acredita, porém, no sincero arrependimento de Ferraço. "Antes eu achava que ele não merecia terminar com Maria Paula. Agora, acredito nessa transformação", reconhece Dalton, que daria ainda punição exemplar à outra grande antagonista da história, Sílvia (Alinne Moraes). "Ela deveria ir para o hospício ou ter morte digna de uma grande vilã", opina ele, apesar de, no final escolhido pelo autor, a personagem terminar em Paris. Nas nuvens e com modéstia de sobra, o ator – aos 43 anos, há 13 fazendo novelas –, diz que "tem tido ‘sorte’ em fazer personagens marcantes na TV", e tem consciência da importância de Marconi Ferraço em sua vida.
Créditos: O Dia - Sabrina Grimberg |
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